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Belo Horizonte fortalece a produção cultural

O investimento na cultura em Belo Horizonte é feito de forma democrática e participativa, e o resultado dessa escolha surpreende. Os artistas da cidade, por meio de um conselho curador, ajudam a formular as políticas culturais, e o público, distribuído pelos diversos bairros e centros culturais, elege com sua presença as produções mais interessantes. Além de ampliar o acesso à cultura, aos poucos a agenda cultural de Belo Horizonte consolida roteiros atraentes para visitantes de todos os lugares. 

Foi com base nesse diagnóstico que a empresa Chias Marketing, encarregada de desenvolver um plano de marketing turístico para a cidade, elegeu a cultura como principal atrativo da capital mineira e desenvolveu o Plano Horizonte, projeto com o tema “Belo Horizonte, onde a cultura ganha vida”. Desenvolvido com o apoio do Ministério do Turismo, o projeto pretende dobrar o tempo de permanência do turista na cidade e elevar o número de visitantes para três bilhões ao ano, sendo 500 mil estrangeiros.  

A expectativa da Belotur é de um incremento de R$ 500 milhões na receita do município até 2010. Além do roteiro  desenvolvido pela Fundação Municipal de Cultura e seus parceiros, Belo Horizonte tem privilégios naturais e geográficos que confirmam sua vocação cultural. A capital mineira – cercada de parques naturais, como o Parque Nacional da Serra do Cipó – está a menos de 100 quilômetros de Ouro Preto e do Santuário de Bom Jesus do Matozinhos, em Congonhas, patrimônios culturais da humanidade, e a no máximo duas horas de outras cidades, como Mariana, Tiradentes e São João del Rei, que contam a história do barroco mineiro. Na capital, a preservação do casario impressiona quem passa pela cidade.  

Todas as tendências da arquitetura dos últimos 120 anos têm um exemplar em Belo Horizonte. O complexo da Pampulha é a primeira grande obra do arquiteto Oscar Niemeyer, uma referência do modernismo arquitetônico no mundo. A marca do projeto foi desenvolvida pelo artista plástico Carlos Bracher, que optou por traços que lembram desenho de criança para dar mais leveza à imagem.  

Incentivo à cultura  

Para garantir  mais fôlego à produção cultural da cidade, a Prefeitura criou em 2005 a Fundação Municipal de Cultura, substituindo a antiga secretaria municipal. Em 2006, novas iniciativas para a promoção e a descentralização da arte e da cultura foram implementadas na cidade, como o programa Arte Expandida, que estimula a experimentação artística na música, na literatura, nas artes cênicas e visuais. Para valorizar a produção local, foram criados o BH Mostra BH e o Tempo de Música, que levam apresentações artísticas para as nove regionais. Outra novidade foi o Olhares sobre BH, que equipou os centros culturais e descentralizou ainda mais a programação artística. Políticas socioculturais. 

A capital de todos os mineiros vê a cultura como lazer e uma forma de promover a inclusão social por meio de políticas públicas que atendem milhares de crianças e jovens em situação de risco social. Já são mais de cinco mil beneficiados por projetos socioculturais como o Arena da Cultura, que oferece oficinas de teatro, música e artes plásticas para jovens de até 25 anos com baixo poder aquisitivo. Também o Programa para Jovens atendeu, em 2006, cerca de mil pessoas entre 6 e 14 anos, que participam das oficinas de arte e cultura. Todos recebem uma bolsa de estímulo para continuar estudando. Os maiores de 14 anos são encaminhados ao Arena da Cultura. 

O Guernica é outro projeto voltado para crianças e jovens, de 8 a 20 anos. Através de oficinas de grafite, arte e história, eles aprendem a valorizar o patrimônio público. Já passaram por ele mais de dois mil alunos. O Programa de Socialização Infanto-Juvenil também desenvolve atividades culturais com crianças de 6 a 14 anos nos centros de apoio comunitário e em ONGs. Ao todo, participaram 482 crianças em um ano.

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