Participação em Redes é tema do 3º painel do Seminário Internacional de Orçamento Participativo



A programção da tarde de sexta-feira foi encerrada com a discussão sobre a importância da participação em redes, conduzida pelos representantes da Espanha, Portugal e África.

O representante da Rede OP Portugal São Brás de Alportel, Nelson Santos Dias, atuou como mediador e abriu os trabalhos parabenizando Belo Horizonte pelos 15 anos de OP. Ele explicou que este processo de participação popular está mais desenvolvido na América Latina e Europa, mas que está em crescimento no continente Africano. “Estamos na fase de disseminação do OP. A primeira fase foi marcada por procuras individualizadas e alguns dos principais pólos de disseminação foram Porto Alegre e o Fórum Social Mundial. A segunda fase é de ofertas organizadas sobre o tema, em que organizações internacionais como o Banco Mundial e a ONU estão fomentando o desenvolvimento do OP e a troca de experiências entre as cidades” disse.

Felipe Sánches, representante do Fondo Andaluz de Municipios para la Solidaridad Internacional de Córdoba, Espanha, salientou que faz parte de uma rede de cooperação sobre as questões de OP que destina recursos próprios para contribuir com a proliferação de redes. Ele afirmou que estas redes são uma produção social de conhecimentos. “ Estamos diante de um desafio que é sistematizar as diversas experiências de OP. Estamos juntos no trabalho em  redes para mostrar que outra maneira de governar é possível e que encontramos novas formas democracia”.

               O continente africano passa por uma fase de disseminação dos processos de orçamento participativo nos seus países. Takawira Mumvuma, representante municipal de Desenvolvimento de Parcerias de Harare, Zimbabwe, explicou que na África, desde os anos 80,  a maior parte dos governos tem partidos únicos e que o OP tem proporcionado voz às populações, que se fazem ouvir pelos governantes. “ O OP promove a solidariedade entre as diversas etnias africanas e reduz a desconfiança deste em relação aos governos porque os processo podem ser fiscalizados pelos cidadãos”. Takawira revelou que existem treinamentos para os processos de OP, com o uso da informática e de cursos pelo rádio, que é meio de comunicação com mais abrangência no continente.   


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