O espetáculo emociona, transforma e incendeia o público. Cheio de risos, sorrisos e gargalhadas, mostra um palhaço autêntico em sua luta por entreter, com inteligência, a platéia. Num mundo cheio de contrariedades, inocência, acidez, conformismo, Chaco é um verdadeiro vingador dos adultos. Não é nem tonto, nem ingênuo, nem fácil de digerir. A crítica social por trás do nariz vermelho, a música, os malabares, a magia, o equilíbrio no monociclo e as paródias são a desculpa. Deus, a política, a morte, as drogas, o poder, a falsa modéstia, o amor, os ideais e o inconformismo, a razão para rir.
Sobrevivente da geração dos grandes palhaços do princípio dos anos 80, na Argentina, o Palhaço Chacovachi se transformou em referência indiscutível das sucessivas gerações de artistas de rua da Argentina. O humor ácido, a comunicação direta e a particular visão do mundo marcam a personalidade deste palhaço.
Em Buenos Aires, Chacovachi fundou, em 1995, e dirige, há nove anos, o Circo Vachi onde predominam o humor, através de uma linguagem direta, e um espírito livre.
Por lá passaram grandes artistas, em sua maioria especialistas em espetáculos de rua que, com sua linguagem simples e suas técnicas apuradas, ajudaram a criar nove espetáculos: “Pan y Circo” (1995), “Circo Vachi” (1996), “Otra vez Sopa” (1997), “Chivediamo Dopo” (1998), “Skoon” (1999), “En la Lona” (2000), “Iza la Risa” (2001), “El Pogo del Pochoclo” (2002).
É o diretor, ator e um dos precursores da impulsão dos malabares, o circo e os espetáculos de rua na Argentina. Seu espetáculo na Plaza Francia durante 15 anos foi inspirador, abrindo caminho para a chegada de sucessivas gerações de artistas de rua. É também o organizador das convenções argentinas de malabares, circo e espetáculos de rua há nove anos.
Com 22 temporadas de verão na Argentina, as últimas dez como diretor, com o Circo Vachi, em San Bernardo e dez temporadas de verão na Europa participando de festas populares e Festivais de renome internacional. Mostrou seu espetáculo em mais de 120 cidades de 22 países.
Neste ano foi contratado para participar do Festival Mundial de Circo em Recife, Brasil; Fiestas Mayores, de Zaragoza e Bilbao, na Espanha; Fiestas Mayores de Andorra, e ganhou os festivais de Teatro de Calle de Santander e Tui, Galicia. Dirigiu espetáculos no Brasil e Espanha com companhias de renome como a Mínima de Teatro em São Paulo e El Negro e El Flaco, em Barcelona.
Chacovachi se chama Fernando Cavarozzi e tomou seu nome artístico de uma vila de Rio Negro, Ingeniero Jacobacci. É palhaço, malabarista e cômico. Um tipo magro, alto e com estranho penteado. O dono de todos os olhares nas tardes de domingo na Plaza Francia, num verão qualquer no calçadão de San Bernardo. Crítico e ácido, diverte e emociona.
Começou quase sem saber e hoje tem 20 anos de trajetória, outras tantas temporadas, atuações em grandes metrópoles e em pequenas cidades, um circo próprio – o CircoVachi – e inumeráveis sorrisos ganhos. Contudo, ele se define apenas como um artista de rua.