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A Descoberta das Américas - Palco

  • Grupo: Leões de Circo Pequenos Empreendimentos - RJ/Brasil
  • Gênero: Comédia
  • Texto original: Dario Fo
  • Direção: Alessandra Vanucci
  • Elenco: Júlio Adrião
  • Duração: 1h30
  • Classificação etária: 14 anos
  • Local:
    • Sala João Ceschiatti - 15:00h/20:30h - 30/07
    • Sala João Ceschiatti - 21:00h - 31/07
    • Sala João Ceschiatti - 20:30h - 01/08
    • Sala João Ceschiatti - 18:40h - 02/08

A produção deste espetáculo não permite entrada após seu início.

Um Zé Ninguém malandro embarca por engano em uma das caravelas de Colombo, após ter sua namorada bruxa assada pela Inquisição. No novo mundo, ele sobrevive a um naufrágio, é preso e quase engolido pelos índios. Safa-se fazendo "milagres". Venerado como Filho da Lua, ele treina, catequiza e guia os índios num exército que expulsa os espanhóis invasores. A peça conta, através de onomatopéias e mímicas, a triste história da ocupação das Américas e dos massacres dos índios. Por sua atuação, Júlio Adrião ganhou o prêmio Shell 2005.

O Grupo


A proposta do grupo surge do encontro entre dois mundos e três pessoas (Sidnei Cruz, Julio Adrião e Alessandra Vannucci). O trio tem traduzido e encenado textos que expõem o laço poético e humano entre a cultura popular mediterrânea e o Brasil de hoje.

Andarilhos, pícaros, mata-mouros, bufões, rústicos e histriões são protagonistas desse mundo virado ao avesso, desse teatro da miséria, em que o riso reprimido deflagra, contagioso e catártico, uma subversão satírica - forma criativa de lutar pela sobrevivência.

Outro viés desenvolvido pelo grupo Leões de Circo é a relação orgânica entre Teatro e Gastronomia, que aponta a instauração de um banquete para os sentidos.

"Na montagem de “Ruzante”, esticávamos sobre uma mesa rústica, ao final da apresentação, uma suculenta polenta à moda renascentista; já em “A Descoberta das Américas”, o público é convidado a saborear uma deliciosa peperonata à moda da baixa gastronomia carioca, com influências mediterrâneas". As iguarias são preparadas pelo chef leão e performer Júlio Adrião, responsável pela linha de pesquisa “Cantina, palito & arroto”, que cuida especificamente das relações entre Teatro e Gastronomia.

O grupo Leões de Circo montou, em 2002, “Ruzante”, de Angelo Beolco. O espetáculo empurrava o público pelas ruelas da praça Quinze até instalá-lo em caixotes de frutas. Em 2004, montou “A descoberta das Américas”.

Neste tempo, o grupo vem explorando dois territórios estéticos. O primeiro é o da Farsa, em que o ator joga no campo da materialidade orgânica, com uma linguagem reduzida às relações com comida, sexo e animais. Do rigor cáustico da farsa, emerge o teatro da crueldade, dos mais secos e lúcidos da tradição ocidental.

O segundo território é o solo narrativo: um teatro sonoro e essencial, sem nenhum aparato espetacular, que visa devolver a palavra ao ator para que ele a mastigue e aproprie-se dela, devolvendo-a ao público como se a inventasse naquele instante.