Dengue - Diagnóstico Diferencial
Dengue Clássica
Considerando que a dengue tem amplo aspecto clínico, as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico diferencial são: gripe, rubéola, sarampo e outras infeções virais, bacterianas e exantemáticas. É raro o aparecimento de sintomas respiratórios (coriza, tosse, dor de garganta). Se estiverem presentes sem exantema, a suspeita é de gripe ou resfriado.
A febre com exantema, sintomas respiratórios e a presença de linfonodos palpáveis, principalmente os retro-cervicais, faz pensar mais em rubéola.
A febre com Koplik, conjuntivite, coriza intensa, tosse, exantema sequencial (1º dia, dor de cabeça; 2º dia, parte superior do tronco e membros superiores; 3º dia, tronco inferior e membros inferiores), faz pensar mais em Sarampo.
A febre com exantema (pele em lixa), amigdalite purulenta, língua saburrosa pode ser Escarlatina.
No exantema máculo-papuloso com evolução para hemorrágico, pensar nas ricketsioses (epidemiologia positiva para carrapatos na Febre Maculosa) e na meningococcemia.
Deve-se pesquisar os sinais clássicos da síndrome de irritação meníngea (rigidez de nuca, os sinais de Kernig e Brudzinski), pois a febre alta, a cefaléia e vômitos são sintomas comuns aos dois quadros, meningites e dengue.
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD)
No início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito com outras infecções virais e bacterianas e, a partir do terceiro ou quarto dia, com choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana ou meningococcemia. As doenças a serem consideradas são: leptospirose, febre amarela, malária, hepatitite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
Os exames específicos para estas doenças devem ser solicitados a critério médico.