Há 29 anos revelando talentos e incentivando àqueles que se dedicam ao mundo mágico das crianças para despertar nelas o gosto pela leitura.

Um paulista e uma carioca vencem o
João-de-Barro e são premiados no Salão de Literatura

O Concurso Nacional de Literatura Infantil João-de-Barro já tem seus vencedores: O Anjo da Asa Pelada, da carioca Maria Teresa da Frota Moreira, e Eca! Dá um bucadim..., do paulista João Francisco Paes, foram os escolhidos pelos júris adulto e infantil, respectivamente, entre 801 obras. A premiação acontece no 4º Salão do Livro de Minas Gerais & Encontro de Literatura, dia 12 de agosto, às 10h30. Cada um dos escritores vai receber um prêmio no valor de 10 mil reais.

Promovido desde 1974 pela Prefeitura de Belo Horizonte, por intermédio da Secretaria de Cultura, o Concurso Nacional de Literatura João-de-Barro é dedicado à literatura infantil e juvenil, premiando textos inéditos produzidos em todo o país. A cada ano de sua realização, o João-de-Barro contempla uma faixa etária de leitores, alternando entre literatura infantil e juvenil, neste ano premia a categoria literatura infantil.

“Apesar de ser um trabalho que envolve poucas crianças, o júri infantil busca aproximá-las da magia da literatura, do que é mais bacana que é a falta de limite para a imaginação. A literatura te leva aonde sua imaginação for capaz de ir, ela é deleite, é prazer, intuição, e é também formação porque informa sobre pessoas, lugares, cultura, textos e isto dá uma visão de mundo diferente”, afirma a secretária de Cultura, Celina Albano. O objetivo ao se envolver um júri infantil é despertar nessas crianças o gosto pela leitura, já que elas vão crescer e construir seus próprios caminhos, suas próprias preferências nesse percurso.

A escritora Rosa Amanda Strausz, que compôs o júri adulto do Concurso, ressalta a importância de iniciativas desse gênero. “O Concurso João-de-Barro é um prêmio muito respeitado no Brasil justamente porque não se sabe quem está escrevendo. Além disso, esse prêmio te ajuda a encaminhar o texto para uma editora”, afirma a escritora que já foi premiada neste concurso. Outro ponto positivo destacado pelos três jurados foi o fato de avaliarem o texto puro, já que não vem com ilustrações. “Você avalia a capacidade literária, comunicacional do texto. É uma avaliação muito importante”, ressalta Rosa Amanda Strausz.

Nos últimos 8 anos o concurso vem registrando um crescimento significativo de concorrentes. Em 1994 foram recebidas 100 inscrições; em 1995, 244; em 1996, 218; em 1997, 639; 1998/99, 508, chegando a 951 concorrentes em 2000 e 638 em 2001. Este ano foram 801 obras inscritas.

Em quase trinta anos de realização, o Concurso já premiou escritores como Ângela Lago, Stella Maris Resende, Fernando Jorge Uchôa, Antônio Barreto, Ângela Leite, Marcos Araújo Bagno, Rita Espechit, Rosa Amanda Strausz, Atílio José Bari e Leo Cunha.

Informações pelo telefone: 3277-4631.