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Wellington
Srbek |
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O
interesse de Wellington Srbek pelo HQ começou muito cedo, antes
mesmo de saber ler. Fascinado pelos coloridos personagens e dinâmicos
desenhos, passava horas sobre as revistas imaginando e recriando tramas
e aventuras a partir das seqüências de imagens. Talvez,
venha desta primeira experiência uma idéia que muito
influencia seu trabalho hoje: a de que os quadrinhos são fundamentalmente
uma narrativa visual e que, portanto, sua especificidade artística
não encontra-se nos desenhos ou no texto separadamente, mas
na união destes, que se dá através da linguagem
quadrinística.
Levando em consideração a deprimente situação
que tomou conta dos quadrinhos brasileiros nos últimos vinte
anos, não é de se espantar que aos vinte e três
anos, Srbek ainda não tenha publicado em nenhuma editora de
quadrinhos (exceto um texto publicado na revista "Metal Pesado").
Mas, se não conseguiu espaço nas editoras, em sua maioria
localizadas no eixo Rio-São Paulo (o que dificulta a divulgação
de quadrinistas de outras regiões), isso não significa
que permanece inédito. Como acontece com a maioria dos jovens
quadrinistas brasileiros, Wellington Srbek começou sua "carreira"
lançando um fanzine. Nas páginas do Replicantes, editado
em parceria com o quadrinista Erick Azevedo, publicou pela primeira
vez uma HQ.
Apesar de ter desenhado alguns das HQs que publicou, Srbek acabou
se especializando na criação de roteiros. No ano passado,
Srbek publicou a revista Mirabilia, com histórias desenhadas
por Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Mozart Couto, Klévisson
e Nilson. A publicação ganhou o prêmio HQ Mix
de melhor revista de ficção e de aventura de 2001. O
troféu é o mais importante no cenário da HQ latino-americana
contemporânea. Recentemente, o quadrinista lançou, em
parceria com Flávio Colin, o álbum Estórias Gerais,
que faz uma viagem em quadrinhos ao sertão mineiro. |
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